terça-feira, 26 de julho de 2011

Casinha de Chocolate (Vila Real) continua a inovar


Casinha de Chocolate (Vila Real) continua a inovar
Um intenso aroma a chocolate invade a cozinha onde Carla desenforma mais bombons. O chocolate é belga mas todos os outros produtos que servem de recheio aos bombons da primeira chocolateria transmontana, são colhidos nesta região. Até ao momento já criou 12 variedades de bombons. Foi juntando ideias, recolhendo opiniões entre os familiares que tiveram a "difícil" tarefa de provar, e o resultado é para todos os gostos. Chocolate de leite, branco ou preto, com sabor a laranja, morango, com mel ou compota de maçã. Ainda com frutos secos como pinhões, amêndoas ou passas. Para além disso ainda faz trufas e rodelas de laranjas caramelizadas recheadas de chocolate negro. Carla quer fazer o mesmo com outras frutas. As novas experiências vão envolver figos e castanhas e, segundo disse à Lusa o seu grande objectivo é fazer bombons recheados com vinho do Porto. A Casinha de Chocolate nasceu de uma ideia das irmãs Carla, 39 anos, e Sandra Baptista, 33 anos, depois de a mais velha, licenciada em engenharia Zootécnica, ter ficado desempregada em Dezembro de 2006. Depois de muito procurar sem sucesso, resolveu pedir ajuda ao projecto Glocal. A ideia era criar o próprio emprego, mas Carla só descobriu o que queria fazer depois de um telefonema com a irmã, Sandra, que tinha acabado de visitar uma chocolateria na zona de Leiria. O Glocal - Empresas Locais com Orientação Global foi lançado em 2003 com o objectivo de facilitar a criação de pequenas empresas e de novas oportunidades de emprego. Mas o processo não foi fácil. É que, segundo Sandra Baptista, o chocolate, apesar de adorado por muitos, ainda não está bem explorado. A maior dificuldade foi conseguir formação na área e arranjar empregados com experiência. Carla começou por fazer formação no Porto, passou por Montemor, Óbidos e na próxima semana viaja à Bélgica. O apoio financeiro foi pedido há um ano ao Programa de Estímulo à Oferta de Emprego, cuja responsabilidade de execução é do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), e ainda sem resposta, as irmãs já abriram as portas. Neste mundo de chocolate, todos os pormenores foram pensados ao pormenor e demonstram uma forte preocupação ambiental, por isso mesmo as caixinhas onde são vendidos os bombons são feitas de papel reciclado. A Casinha de Chocolate já criou três postos de trabalho. Para além de Carla, foi contratada uma ajudante de cozinha e um funcionário para o posto de venda. Sandra ajuda, aos fins-de-semana, a repor o stock. Em menos de uma semana, e entre vendas e ofertas, já foram comidos cerca de 600 bombons em Vila Real. 

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