Investidores chineses à procura de negócios
Mais de 50 empresários da China vieram a Portugal procurar parceiros de negócios para importar para o mercado chinês. Alimentos e produtos biológicos estão a caminho.
Uma comitiva de 55 empresários chineses esteve em Portugal este fim-de-semana, à procura de parcerias de negócio com investidores portugueses. Os chineses, que participaram numa conferência para investidores do eixo Portugal, Macau e Guangdong, vieram integrados numa comitiva mais alargada, de 200 empresários que visitaram o país a propósito do Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB).
O encontro do fim de semana no Hotel Fontana Park, em Lisboa - organizado pela recém-criada Associação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC) -, serviu para encontrar pontos de contacto e plataformas entre empresários, sobretudo do sector alimentar. Mas também trouxe investidores ligados à farmácia, interessados em importar medicamentos directamente do país, e das novas tecnologias. No total, são 200 bolsas de contactos estabelecidas entre os dois países.
K.U. Cheang, dono de um grande supermercado em Macau, foi um dos empresários a fomentar relações em Lisboa. Foi a terceira vez que veio ao país e adora os produtos lusos, apesar de considerar «os portugueses mais velhos um pouco lentos». «Mas isso mudou com as novas gerações», sublinha.
Filho de um funcionário público que trabalhava para o Governo de Macau, o importador está interessado, sobretudo, na gastronomia portuguesa, que conheceu enquanto crescia. «Adoro a vossa comida», garante entusiasmado, anunciando que o seu objectivo é divulgar a gastronomia portuguesa por toda a China e «torná-la popular», através da cadeia de supermercados que está a abrir por cidades de todo o país.
Está interessado, maioritariamente, em importar vinho tinto português «que é excelente», em objectos de arte lusa e em produtos alimentares, como salsichas e tmtras conservas, hoje pouco utilizadas na gastronomia chinesa.
Protocolo para vender produtos lusos na China
Foi através de Alberto Carvalho Neto, presidente da AJEPC, que o empresário soube da possibilidade de importar produtos lusos. «Estabelecemos já um protocolo para ter produtos portugueses, como azeites, vinhos e conservas em todos os seus supermercados», refere o empresário, que é produtor de azeite biológico em Trás-os-Montes e já exporta para a China.
Alberto Carvalho Neto tem-se desdobrado em contactos e viagens à China, «para mostrar os produtos portugueses» e «estabelecer relações». Os chineses «têm uma forma diferente da nossa de fazer negócio, por isso temos mesmo de dar-lhes a provar os produtos e mostrar o máximo que pudermos», explica o responsável.
Com esse objectivo, em Lisboa, estiveram vários produtores biológicos da Interbio, naquela que foi a sua primeira participação num evento deste género. Angelo Costa explica porquê: «Não temos escala para produzir em grandes quantidades, mas temos para determinados nichos», diz, acrescentando que espera colocar produtos como vinhos biológicos e azeites em cadeias especializadas. «Se os importadores conhecerem os nossos produtos é muito mais fácil», acredita. E é nesse objectivo que a AJEPC é fundamental:«Para estabelecer parcerias e servir de ponte entre os empresários dos dois países. A associação mostra o caminho», explica Alberto Neto.
2013-03-01 10:35
Sónia Balasteiro, Sol
Para ligação directa ao mercado chinês podem contactar-nos SPA Consultoria (www.spa.pt) ou a EMCODOURO S.A. (www.emcodouro.com) empresa de exportação de produtos do Douro.
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